O Centro de Estudos de Gestalt-terapia de Brasília (DF) traz, em seu site http://www.cegest.org.br/, perguntas frequentes envolvendo a Gestalt, como um todo. Permitam-me publicar neste blog o material de Dolores Peixoto Oliveira (CRP 01/1172) e Elayne Magaldi Daemon (CRP 01/10923):
- A diferença da Gestalt com o Existencialismo: a Gestalt-terapia parte de uma filosofia existencial que se volta para a práxis, desenvolvendo, pois, inter-relações educacionais e psicoterápicas. Poder-se-ia dizer, portanto, que a Gestalt-terapia é um existencialismo fenomenológico aplicado. A diferença é de ênfase e não de postura ou de crença no ser humano, ou seja, o existencialismo é mais voltado para o pensamento, para a filosofia; a Gestalt é mais voltada para a aplicação, para a práxis deste pensamento.
- O campo de trabalho em Gestalt-terapia: o gestalt-terapeuta está inserido em um contexto do mercado de trabalho que reflete o mundo de hoje com suas crises e questionamentos atuais, onde o ser humano tem sido constantemente desrespeitado nos seus valores, nas suas crenças, no seu modo de ser existencial, individual e social. A função do psicólogo da Gestalt-terapia tem sido procurar restabelecer a confiança do indivíduo em relação a si mesmo e no seu interagir com o mundo. Sob esse aspecto, temos tido muito trabalho a fazer, em várias áreas.
- Sobre projeção e deflexão (mecanismos de defesa neuróticos): projeção e deflexão, sob o ponto de vista da Gestalt-terapia, não constituem problemas em si mesmos. São mecanismos de defesa que uma pessoa pode desenvolver em um determinado contexto de sua vida, no qual ela precisa se proteger para sobreviver a situações que lhe são ameaçadoras. Na projeção, como bem o nome indica, a pessoa projeta para o mundo externo aquilo que de alguma forma diz respeito a si mesma e que não há uma permissão sua (pelos introjetos da educação pedagógica) para sentir ou agir daquela forma. “A deflexão é um outro mecanismo que a pessoa desenvolve para se desviar de um contato direto com outra pessoa.”
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