domingo, 11 de outubro de 2009

Caráter epidemiológico da bipolaridade conduz ao caos

O que Sperling traz é um retrato psicológico e social dos atuais tempos, nos quais percebemos (gestalten) praticamente o tempo todo, ao redor. Muito comum pessoas, hoje em dia, oscilarem o humor drasticamente. A ciclotimia presente esbarra no próprio conceito de possível bipolaridade, que já esbarra em questões de saúde mental. Encontramos esta "ciclotimia" frequentemente, seja nos rostos, palavras, ações, consequências humanas. Mas, em virtude das influências externas e ambientais, indivíduos sentem-se "entregues" à bipolaridade integralmente. A busca pelo prazer gera a euforia e a frustração de não ter tido, a "depressão". Conheço inúmeras pessoas assim. Essa necessidade desenfreada por "viver a vida intensamente" é uma faca de dois gumes na garganta.
A bipolaridade afeta de 5% a 7% da população, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Creio eu que essa porcentagem é mais líquida do que sólida. Tempos atuais aproximam a humanidade de uma bipolaridade mais evidenciada. Vejo-a mais como "epidemia" do que como focada nos quase 7% conhecidos. O cenário de miserabilidade social e intelectual, associado a este quadro de bipolaridade, devem conduzir a humanidade ao caos. Sem precedentes.

2 comentários:

  1. Parabéns pelo post. Eu não creio que a bipolaridade seja produto do nosso tempo. Eu creio que fatores ambientais sejam secundário. Entendo que mesmo sem estímulos externos, um bipolar, pode ter oscialações de humor. E talvez por esse motivo que seja classificado como doença. Aparentemente sem justificativa o paciente vai da euforia a depressão... Eu mesmo já vi crises de euforia em momentos onde a resposta seria uma demonstração de tristeza, e o contrário com muita frequência. Temos de separar o humor saudável do doente. Agora, não posso deixar de concordar que a sociedade atual tem gerado pessoas que ao se frustrarem respondem com "depressão", ou ao atingirem o "clímax" exagerem na comemoração. Porém, essas pessoas ainda estão longe do transtorno bipolar do humor. Minha preocupação que os médicos não entrem na onda e saibam investigar muito bem seus pacientes. Até mais, Will.

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  2. Oi.. estou passando pra dar um. Oi! =)
    Tchau.. =*

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